Por Erton W.
Quando eu li a primeira parte da trilogia “Fronteiras do Universo”, do escritor Phillip Pulman, fiquei demais empolgado, porque vi naquela historia um potencial enorme. E a Bússola De Ouro (The Golden Compass) supriu o vazio deixado pelos contos fantásticos depois do último livro do Harry Potter (é ainda não li todo o Senhor dos Anéis, comecei, mas não terminei, qual o problema??? Vai encarar ??? ò_O), tanto que corri pra conseguir os outros dois livros que completavam a trilogia, a Faca Sutil e a Luneta Âmbar. E uma leitura legal, cheia de detalhes e que mexe com alguns tabus, e como o Phillip é um ateu confesso, dá pra imaginar em qual tabu ele tava mexendo né?
Mas como eu pensei na época em que eu li, claro que não iam deixar de levar essa história para a telona. A história é boa, isso é fato. Mas alguma coisa desandou no meio do processo. O que fez o filme não dar o retorno previsto nas bilheterias, e colocar em xeque uma possível trilogia cinematográfica. Mas você, caro leitor desse blog de cinema, me pergunta: Mas o filme é ruim?? Eu diria que não, o filme tecnicamente é perfeito, tanto que concorreu a dois Oscar e ganhou o de efeitos especiais. Mas o que catzo foi que deu errado ? Bem, vamos primeiro contar a historia depois eu dou minha opinião.
A Bussola de Ouro narra a história de Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards), uma menina esperta e excelente contadora de história (leia mentirosa =D), que vive em um mundo onde as almas das pessoas são representações corpóreas chamadas de daemons. Lyra vive na Faculdade Jordan junto com seu daemon Pan. Na faculdade ela conhece todos o tipos de pessoas, desde o Reitor na Jordan até os gypcios, um povo nômade. É na Faculdade que ela fica sabendo da existência do Pó, através de seu tio, Lorde Asriel (Daniel Craig), que está estudando as singularidades dessa partícula misteriosa. Contudo existem pessoas que não querem que Lorde Asriel estude o Pó, essas pessoas compõem o Magisterium, que é um tipo de organização político-religiosa que defende o poder da Autoridade, o deus daquele mundo.
Mas coisas estranhas começam a acontecer em Jordam. Crianças gypcias e filhos dos criados começam a desaparecer e uma linda mulher aparece com a intenção de levar Lyra para morar com ela. Ela é Srt Coulter (Nicole Kidman) e consegue convencer o Reitor a deixar a menina ir com ela. Mas não antes do Reitor entregar a Lyra o Alêtometro, um aparelho que conta a verdade e que irá ajudar Lyra a desvendar os mistérios dos raptos das crianças e do Pó.
Durante sua jornada Lyra encontra pessoas dispostas a ajudá-la. Como o líder dos gypcios Lorde Faa (Jim Carter) que leva Lyra a Svalbard, terra dos ursos de armadura. Lá ela conhece os personagens mais legais do filme (na minha opinião, que é a que conta aqui =P), o aeronauta Lee Scoresby (Sam Elliot) e sua daemon Hester (voz de Kathy Bates) além de Iorek Byrnison (voz de Ian McKellen) , um urso de armadura, e a bruxa Serafina Pekkala (Eva Green) que juntam-se a Lyra na aventura.
Como podem ver a história é assaz, como disse antes, uma história com potencial para entrar na história do cinema. E foi justamente neste ponto a grande falha da película. O diretor e roteirista Chris Weitz achou que tinha um ”novo” Senhor dos Anéis na mão e f#$%@ tudo. Primaram os efeitos especiais e esqueceram a história. Pra quem leu o livro antes de assistir o filme é uma seqüência de “heim?!?”,”o quê?!?”, “peraê, isso num é aí!!”. Faltou um respeito maior ao bom e velho fã da história. Claro que vai ter gente dizendo que é uma adaptação e que não precisa estar igual ao livro.
Tá... Certo... Adaptar algumas partes até que era necessário, mas mudar a ordem das coisas que aparecem já é demais pra mim, não tinha necessidade e mesmo assim ele fez. Isso sem mencionar o final do filme. O que foi aquilo??? Dá a impressão que o filme acaba faltando meia hora. Isso mostra o grande filho da p#@$ que foi o diretor Chris Weitz, que deixou pra contar o fim da Bussola de Ouro no próximo filme (?!?). o_O
O filme é tecnicamente primoroso e tem um elenco de respeito, aparece até o Christopher Lee numa ponta como o Lorde Boreal, e a atuação da novata Dakota Blue Richards é qualquer nota. Quero ver essa menina em mais filmes. O único problema foi entregar a direção para um diretor com pouca bagagem de grandes filmes. Agora o que resta é torcer que saia sim a “Faca Sutil” e que o Chris Weitz tenha aprendido a lição e respeite mais os fãs das histórias de Seu Phillip ou simplesmente coloquem outro diretor ò_ó . Humm!!!
Título Original: The Golden Compass
Ano de Lançamento (EUA / Inglaterra): 2007
Direção: Crhsi Weitz
Elenco: Dakota Blue Richards, Nicole Kidman, Daniel Craig, Eva Green, Jim Carter, Sam Elliott, Ian McKellen, Christopher Lee.
Roteiro: Chris Weitz, baseado em livro de Philip Pullman
Produção: Bill Carraro e Deborah Forte
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