quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Créditos Finais - O Orfanato

Por Erton W.



Tenso. Emocionante. Verdadeira obra-prima.


Existem vários adjetivos com o qual eu poderia elogiar sem medo este, que talvez, junto com o Labirinto do Fauno, seja uma das mais belas obras de cinema falado em espanhol que eu vi. E por ter a mão de Guillermo Del Toro na película torna ainda maior essa produção pouco explorada aqui no Brasil.


A proposta d’O Orfanato é mais que contar uma história de suspense. O filme retrata o amor entre mãe e filho, não importa se existem laços de sangue ou não entre os dois. Mergulhamos fundo na emoção dos personagens e chega a ser palpável tal sentimento que nos vemos hipnotizado por ele.


O Orfanato conta a historia da família formada por Laura (Belén Rueda), seu marido Carlos (Fernando Cayo) e o filho deles, Símon (Roger Príncep). O orfanato do título do filme é um casarão antigo onde Laura cresceu e ela, depois de anos e do fechamento do mesmo, decide comprar a propriedade e viver lá com a família. Contudo coisas bizarras começam a acontecer na casa. O pequenino Simon começa a se comportar estranhamente e começa a descobrir segredos de forma que não conseguiria sem ajuda. E esse comportamento tem seu ápice na festa de inauguração da casa.


A partir daí, meu amigo, vocês vão perceber porque escolhi a primeira palavra desse texto. Uma tensão que raras vezes eu vi em um filme. Coloque todos os Jogos Mortais, Albergues, num saco, dê chicotadas e jogue eles no rio mais gelado que você encontrar. O Orfanato dá uma lição de como fazer você ficar daquela maneira que nem ousa olhar pro lado. O mais calejado com esse tipo de filme vai sentir calafrios ao assistir o filme. Tal tensão é digna do mestre Hitchcock (talvez esteja exagerando, mas... =D). E isso tudo sem apelar, tudo muito sutil. Todas as passagens e personagens ajudam a contar a história, menção especial a participação de Edigar Vivar, o eterno Seu Barriga =).


A história do filme é fabulosa e muito bem contada e dirigida por J. A. Bayona. Tudo tem seus porquês. A dinâmica do filme lembra a d’Os Outros, outro filme que se destacou nesse gênero ( e também foi dirigido por um latino, esses caras tem os macetes). Mas o final d’O Orfanato é muito, mas muito mais intenso, belo, emocionante. É aí que percebemos que acabamos de assistir uma verdadeira obra-prima, que deve ser colocada no TOP 10 de qualquer cinéfilo.


O Orfanato é um dos filmes recentes que mostram que cada vez mais os melhores filmes são feitos fora de Hollywood. E só mostra como Guillermo Del Toro é foda, mesmo sendo apenas o produtor. Ele sabe onde põe as mãos e nunca vi ele errar.


O Cinemaninho recomenda com força !!!!!!!!!!!

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Título Original: El Orfanato

Ano de Lançamento (México / Espanha): 2007

Direção: J. A. Bayona

Roteiro: Sergio G. Sánchez

Produção: Álvaro Augustin, Joaquín Padro, Mar Targarona e Guillermo del Toro

Elenco: Belén Rueda, Roger Príncep, Fernando Cayo, Mabel Rivera, Montserrat Carulla, Geraldine Chaplin, Edgar Vivar.

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